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Sindicatos internacionais entram em ação para o Dia dos Direitos Humanos de 2022

15 Dec 2022

Trabalhadores se unem contra a violência de gênero

O Dia dos Direitos Humanos é celebrado todo ano em 10 de dezembro e acontece após os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres em todo o mundo. Para marcar esse dia, as federações sindicais globais se reuniram para falar com uma só voz contra a violência e o assédio no mundo do trabalho.
Durante esse período, sindicatos de todo o mundo regiram ao tema “UNiTE! Ativismo pelo fim da violência contra mulheres e meninas”, compartilhando as medidas que governos, empregadores e sindicatos podem adotar para ajudar a promover a ratificação da Convenção 190 da OIT e acabar com a violência e o assédio.

Os sindicatos internacionais também celebraram as poderosas campanhas populares que os sindicatos estão conduzindo para pôr fim à violência e ao assédio contra trabalhadores de todo o mundo.

A ITF lançou um relatório sobre o impacto da covid-19 nas mulheres trabalhadoras em transportes na África Ocidental e Central, expondo como as trabalhadoras sofreram impactos desproporcionais em seus empregos e meios de subsistência e enfrentaram mais violência e assédio no trabalho e em casa. Também compartilhamos histórias marcantes de como afiliados no Brasil ajudaram a implementar uma lei para acabar com a violência contra trabalhadores da aviação e como sindicatos australianos recentemente garantiram dez dias de licença remunerada em casos de violência doméstica.

Em 16 dias, 16 ações

Nesses 16 dias, as federações sindicais globais encabeçaram campanhas sobre as questões que mais importam para seus membros e trabalhadores do setor.

A ITF salientou como mulheres trabalhadoras em transportes da África Ocidental e Central enfrentaram mais violência e assédio no trabalho durante a pandemia e fez um apelo para que os sindicatos aderissem à campanha pela ratificação da Convenção 190, #RatifyC190.

A ITF também relatou como a UDTS, afiliada senegalesa, fez grandes progressos ao estimular o governo do Senegal a ratificar a C190 nos locais de trabalho. Assista a este vídeo para saber mais sobre a “Campanha da Caravana” para orientar os trabalhadores sobre essa lei:

A ICM, Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira, deu destaque à cultura de machismo subjacente ao sexismo no setor da construção civil, no trabalho e nos lares – e reivindicou igualdade de gênero.

O IUF, que representa trabalhadores de toda a cadeia alimentar, explicou a necessidade de os líderes sindicais participarem com empenho no enfrentamento dos impactos da violência doméstica, que afeta pessoas no trabalho e em casa.

Com a hashtag #ThirdPartyViolence, o UNI Global Union, sindicato internacional dos setores de serviços, reivindicou o fim da violência por parte de clientes, pacientes e do público em geral para proteger os trabalhadores do setor de serviços contra o assédio.

 

 

A Federação Internacional de Jornalistas pediu aos sindicatos que manifestassem solidariedade aos jornalistas que enfrentam agressões e assédio online, usando a voz dos trabalhadores para mostrar que não estão sozinhos – #YouAreNotAlone – e que ocorrem agressões generalizadas contra as mulheres.

O IndustriALL, que representa trabalhadores dos setores de mineração, energia e fabricação, estimulou os representantes sindicais a identificarem e abordarem riscos às mulheres no local de trabalho, compartilhando uma lista de verificação em três etapas contendo sinais de alerta a serem observados nas avaliações de risco.

A Internacional da Educação fez um apelo urgente e oportuno por solidariedade aos educadores, professores, estudantes e mulheres no Irã, com o tema “mulher, vida, liberdade!”.

A Public Services International se concentrou em por que o feminicídio deveria ser uma questão de política pública – e não somente de direito penal – e respaldou a demanda pela ratificação da C190 para pôr fim aos crimes de ódio contra mulheres.

E a Confederação Sindical Internacional concluiu os 16 dias de ação (#16Days) relatando que 22 países finalizaram o processo de ratificação da C190 e indicando que outros 50 países estão em vias de ratificá-la.

Ações diretas dos trabalhadores em transportes

Os trabalhadores em transportes também marcaram presença durante os 16 dias para mostrar força e solidariedade às mulheres e meninas, reivindicando o fim da violência e do assédio e a igualdade de gênero nos transportes, no trabalho e em todo o mundo.

Austrália

Em um dos primeiros fusos horários a dar início ao Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, trabalhadores foram às ruas com a campanha #CallitOut e fizeram uma caminhada contra a violência familiar.

Filipinas

Jovens trabalhadores do AMOSUP se reuniram para enviar uma forte mensagem de que um mundo de trabalho com segurança e igualdade beneficia homens e mulheres. #ThisIsOurWorldToo

Índia

Homens e mulheres ficaram lado a lado para mostrar uma frente unida contra a violência de gênero e transmitir uma mensagem a qualquer pessoa que esteja sofrendo assédio: você não está só – #YouAreNotAlone.


Mulheres trabalhadoras portuárias de Chennai se reuniram para conversar com todos os trabalhadores portuários, formais e informais, em comemoração ao dia 25 de novembro – Dia da ONU para a Eliminação da Violência contra Mulheres e Meninas.

O NRMU/AIRF organizou uma manifestação de mulheres em 25 de novembro de 2022 para conscientização sobre a violência contra mulheres.

Milhares de Nirbhayas (defensoras das mulheres) de todo o Maharashtra assumiram o compromisso de não tolerar a violência contra mulheres trabalhadoras e aumentar o apoio às sobreviventes com uma só voz – #YouAreNotAlone.  Foram feitas reuniões virtuais pelo Zoom em 25 de novembro, marcando o Dia da ONU para a Eliminação da Violência contra Mulheres e Meninas.

Itália

Trabalhadores se reuniram ao redor de bancos vermelhos colocados em Roma e usaram sapatos vermelhos para mostrar o número de mulheres que foram mortas por atos de feminicídio e violência doméstica.


África do Sul

Trabalhadoras marítimas compartilharam brincadeiras e comportamentos vulgares que enfrentam em navios por parte de tripulantes do sexo masculino, bem como as ações de defesa às quais precisam recorrer (por exemplo: usar roupas mais largas) para evitar assédio. Assista a este vídeo para saber mais sobre suas experiências de violência de gênero em navios.

 

Togo

Anika Manavi, presidente da Rede de Mulheres da ITF Togo, fez um vigoroso apelo ao Ministério do Trabalho para ratificação e implementação da C190.

Quênia

Em 25 de novembro de 2022, o recém-formado Comitê Nacional das Mulheres (CNC) organizou sua primeira atividade de defesa contra a violência de gênero no trabalho. O evento foi marcado por paradas de conscientização no terminal rodoviário Railways, no Ambassador Hotel e no terminal rodoviário Kencom, contando com a participação de sindicatos dos setores de transporte e hotelaria.

Namíbia

Mulheres trabalhadoras da Namíbia lançaram sua campanha de ativismo de 16 dias para comemorar a ratificação da C190 e fortalecer o trabalho de implementação da convenção no país.

Nigéria

O Comitê Nacional das Mulheres da Nigéria se reuniu para dar início aos 16 dias de ativismo com muita animação e esperança de construir um futuro com igualdade de gênero para as mulheres trabalhadoras da Nigéria depois que o país ratificou a C190 em outubro deste ano.


 

Compartilhe sua história

Seu sindicato fez algo pelos 16 dias de ativismo em 2022 que não foi incluído acima? Conte-nos agora mesmo enviando um e-mail para commslondon@itf.org.uk – adoraríamos ouvir você.


Caso seu sindicato ainda não participe da campanha pela ratificação da C190, #RatifyC190, o compromisso pode ser acessado aqui:

En: https://airtable.com/shrY7MIw9c7il5LKY
Fr: https://airtable.com/shrKI5oSufEwlCDf6
Pt: https://airtable.com/shrnVbtVylu18zzHx
Ru: https://airtable.com/shr3cwbiUjIVJFddD
Es: https://airtable.com/shrpDTZT0PVdwWO4j

Para consultar mais recursos da ITF sobre violência contra mulheres, acesse aqui.