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Trabalhadores do aeroporto de Bangkok ainda à espera de direitos

Notícias 25 Mar 2021

Dez dias depois que o ministro do Trabalho da Tailândia prometeu analisar o abuso contra trabalhadores do aeroporto de Bangkok, pouco progresso foi feito.

Centenas de funcionários de segurança protestaram contra alterações contratuais que os privaram de direitos básicos, como acesso a banheiros, intervalos para refeição e salas de primeiros socorros. Essas mudanças incluíram demissões forçadas e arbitrárias, além da rescisão de contrato da maior parte do comitê sindical.

Embora o ministro do Trabalho, a AOT e a AVSEC tenham afirmado que resolveriam imediatamente as violações dos direitos básicos dos trabalhadores em uma reunião com o sindicato, os trabalhadores dizem que isso não se concretizou.

Dos 242 trabalhadores entrevistados esta semana, 65,3% disseram que ainda não tinham permissão para fazer intervalos para refeição. Em resposta às preocupações levantadas pelo WWU-AWT, a AVSEC orientou os trabalhadores a aceitarem um intervalo de meia hora para refeição em seu posto de trabalho. Na prática, isso significa que os trabalhadores nunca almoçam, porque não têm permissão para fazer pausas para refeição em seu posto de trabalho.

Os trabalhadores continuam sem acesso ao banheiro, o que significa que são forçados a defecar na roupa ou se segurar, colocando a saúde pessoal em risco. Além disso, recentemente dez trabalhadores de segurança foram demitidos por não atenderem às qualificações de escolaridade para um trabalho que realizam há anos. Esses trabalhadores, membros do WWU-AWT, também perderam a gratificação por tempo de serviço em consequência da transferência entre empresas para que continuassem fazendo o mesmo trabalho de antes.

O vídeo abaixo, publicado pelo WWU-AWT, expõe as condições de trabalho chocantes do aeroporto de Bangkok e a luta coletiva para resolvê-las. Enquanto os diretores da AVSEC se reúnem hoje, a ITF apoia as reivindicações do nosso afiliado à AVSEC, empregador imediato, e à AOT, operadora do aeroporto e que também possui participação acionária na AVSEC.

Gabriel Mocho Rodríguez, secretário de aviação civil da ITF, afirma: “Estão acabando com a dignidade dos trabalhadores que mantêm o aeroporto de Bangkok e seus passageiros seguros. Por trás do exterior brilhante do aeroporto, há uma realidade muito mais sombria: um local onde os trabalhadores são forçados a defecar na roupa e adoecer porque não têm o direito de sequer ir ao banheiro. Essa é apenas uma das muitas violações contra as quais o WWU-AWT exige providências. A AOT precisa assumir suas responsabilidades como operadora do aeroporto e trabalhar de maneira séria e imediata com o WWU-AWT para assegurar que isso nunca volte a acontecer.”

A ITF apoia as reivindicações do WWU-AWT à AVSEC e à AOT para que imediatamente:

  1. assegurem de maneira proativa que os trabalhadores possam fazer intervalos para refeição e ir ao banheiro;
  2. readmitam os dez trabalhadores que foram demitidos sob o pretexto de qualificações de escolaridade inadequadas;
  3. formem comitês de saúde e segurança que incluam representantes de trabalhadores empregados no aeroporto de Bangkok tanto pela AOT quanto por agências.

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