Joe Katende, o secretário geral da ITF África, prestes a se aposentar, marcou a participação da ITF no festival anual dos sindicatos ao deixar uma coroa de flores no túmulo de James Hammond, um dos mártires, no pátio da igreja do vilarejo. Nove membros da equipe, incluindo os escritórios regionais da ITF em África, Asia-Pacífico e América Latina, seguraram uma faixa na marcha ao longo do povoado de Tolpuddle onde se lia a mensagem: “A Solidariedade dos Trabalhadores não conhece Fronteiras”.
A colocação da coroa de flores e a marcha são elementos fundamentais de um festival familiar lembrando a luta histórica dos agricultores de Dorset, cuja tentativa de se organizarem, em resposta a duras condições de trabalho e contínuos cortes de pagamentos, foi impiedosamente esmagada.
O secretário geral assistente da ITF, Stuart Howard, declarou: “Os sindicatos da ITF do Reino Unido sempre estiveram intimamente envolvidos com o festival e a ITF sentiu-se orgulhosa em ser representada este ano como uma federação sindical de âmbito global”.
“A bravura dos atos dos mártires de Tolpuddle lançou, de muitas maneiras, o moderno movimento sindical britânico. É importante que lembremos e honremos aqueles que pavimentaram o caminho para as gerações futuras de trabalhadores, para que tivessem o direito de juntar-se a um sindicato e exigir respeito e justiça no trabalho”.
Em 1834, os sindicatos eram legais e cresciam rapidamente, mas seis líderes do então recém-formado sindicato dos agricultores foram presos e sentenciados a sete anos de deportação na Austrália por fazerem um pacto de silêncio. A despeito de maciços protestos públicos, seguiu-se em frente com a deportação e após três anos, durante os quais o movimento sindical sustentou as suas famílias mediante a coleta de doações voluntárias, o governo cedeu e os mártires voltaram para casa, perdoados e vistos como heróis.
Saiba mais sobre os mártires de Tolpuddle.
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26 Jul 2016
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