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Perseguição de membros de sindicato no Marrocos é “totalmente inaceitável”

Notícias Comunicado à imprensa 20 Feb 2019

A Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF) clama por ação imediata da empresa de ônibus Alsa em Tanger, no Marrocos, após ter se dado lá uma campanha de perseguição de ativistas sindicais. Além disso, o sindicato do Reino Unido Unite the Union, afiliado à ITF, já declarou publicamente apoiar esse chamado.

Em uma declaração, o secretário da seção de transporte interior da ITF, Noel Coard, disse: "Menos de duas semanas atrás, trabalhadores da Alsa em Tangers começaram a se organizar com o sindicato UMT. Eles queriam exercitar o seu direito conforme as legislações internacional e marroquina de formar um sindicato independente para fazerem ouvir sua voz.

"Estou profundamente preocupado com os relatos recebidos de que desde então os trabalhadores têm sido vítimas de uma campanha de difamação e perseguição por parte dos representantes da Alsa. Isto começou com incentivos oferecidos a eles para abandonarem o sindicato. Depois, na quinta-feira, foi-nos dito que o secretário geral do UMT em Tanger, Jamal Al Sharfi, havia sido demidito. Ele foi confrontado, do nada, com sérias acusações a respeito de sua conduta.

"Para mim, está claro de que essas acusações contra o companheiro Jamal apareceram agora porque ele ousou exercitar o seu direito de organizar um sindicato, para dar a si mesmo e aos seus colegas uma voz dentro da Alsa. A diretoria da Alsa, em Tanger, não suporta a ideia de os seus trabalhadores se organizarem. Mas é preciso que ela entenda que o seu comportamento é totalmente inaceitável e que não triunfará.

"Em nome dos 18 milhões de trabalhadores em trasportes da ITF, eu conclamo a Alsa a respeitar o direito de os trabalhadores em transportes em Tanger se organizarem em sindicatos independentes. É bom não ter dúvida de que a ITF e os seus sindicatos não descansarão até que termine esta intimidação e Jamal Al Sharfi seja readmitido."

Numa declaração a parte ao UMT, o secretário geral adjunto do Unite, Steve Turner, disse: "Soubemos hoje pela ITF que os ataques ao seu sindicato e aos seus ativistas – incluindo o seu secretário geral que foi demitido pela ALSA – são parte de uma série de ações antissindicais para intimidar localmente, ameaçar e coagir os trabalhadores.

"A sua luta por direitos sindicais independentes terá apoio, assim como, na condição de representante legítimo dos trabalhadores da ALSA em Tanger, sua exigência de reconhecimento e diálogo com a empresa,.

"Este é um comportamento completamente inaceitável da ALSA, e vimos comportamento similar nos EUA por parte da sua filial Americana, a Durham, e, assim como fizemos na ocasião, iremos garantir que o padrão seja imediatamente alçado ao nível do padrão da sua empresa matriz, a National Express, aqui no Reino Unido.

"É inaceitável que empresas de atuação mundial, que trabalham bem conosco no Reino Unido, operem de uma maneira agressiva e antissindical em outros lugares do mundo. Irei me reunir com representantes da ITF em Londres, na segunda-feira. Vamos planejar uma série de ações internacionais, no âmbito trabalhista, político e jurídico, a serem empreendidas em apoio à sua luta.

"Exigimos a imediata readmissão no emprego dos ativistas do UMT demitidos, o fim da intimidação, das ameaças e de quaisquer outras atividades antissindicais, e a imediata abertura de diálogo entre ALSA e UMT que leve ao reconhecimento do UMT como voz independente e legítima dos trabalhadores empregados na operação da empresa em Tanger."

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